sábado, 28 de junho de 2008

Líder indígena diz que educação e moradia geram saúde

Parte dos R$ 80,2 milhões em investimentos públicos que o Governo de Mato Grosso do Sul lançou em Dourados vai beneficiar diretamente a comunidade indígena. Nas aldeias Jaguapiru e Bororo, é grande a expectativa pela construção de casas e também pela reforma e construção de escolas.

Representante de Dourados no Conselho Distrital de Saúde Indígena, Fernando da Silva Souza, está certo de que os investimentos na área social terão impacto direto na qualidade de vida dos aldeados. “Saúde não é só ter médico e remédio; ter educação, moradia digna e saneamento também ajudam a melhorar as condições de saúde”, afirma o indígena, completando que as ações de agora trarão amplos benefícios.

Fernando é morador da Aldeia Jaguapiru, na reserva indígena de Dourados, onde residem Guaranis, Terenas e Caiuás. A aldeia, com cerca de 2,8 mil famílias (aproximadamente 12 mil habitantes) vai abrigar um dos principais investimentos da área da educação do novo pacote de investimentos: a construção da escola estadual de ensino médio Marçal de Souza.

A unidade de ensino vai substituir o galpão onde os jovens têm aula atualmente, oferecendo ambiente propício para o aprendizado, com biblioteca, sala de informática e espaço para prática esportiva. Fernando diz ter certeza de que a nova escola vai ajudar a reduzir a evasão e atrair novos estudantes para o ensino médio. “Muitos jovens preferem mesmo poder estudar na aldeia, perto da família e com colegas índios”, explica - completando que, embora alguns saiam para estudar fora, estar “em casa” é melhor, porque não há choque cultural ou discriminação.

Aquidauana News

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Senai desenvolve cursos para índios em Dourados (MS)



Índios têm aulas de carpintaria nas aldeias Bororó e Jaguapiru

Paulo Fernandes (Campo Grande News)

O Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) oferece desde abril cursos de mecânico de bicicleta, produtos derivados da mandioca e carpinteiro-telhadista para índios das aldeias Bororó, Jaguapiru e Panambi, em Dourados.

A ação faz parte do PSAI (Programa Senai de Ações Inclusivas), desenvolvido em parceria com o Ministério da Educação e com a Prefeitura.

Em Mato Grosso do Sul o Programa atua hoje em duas frentes: PNEs (Pessoas com Necessidades Especiais) – capacitando deficientes físicos, mentais, auditivos, visuais e múltiplos, bem como superdotados – e REGI (Raça, Etnia, Gênero e Idosos) – envolvendo mulheres, negros, índios e idosos.

O curso de Produtos Derivados da Mandioca é ministrado para 15 indígenas das aldeias Bororó e Jaguapirú, enquanto o curso de Mecânico de Bicicleta atende 15 índios da Aldeia Panambi e o de Carpinteiro-Telhadista qualifica 15 indígenas das aldeias Bororó e Jaguapirú.

terça-feira, 10 de junho de 2008

MS: Índios kadiweu querem resgatar o cavalo Pantaneiro

Terça-feira, dia 10 de Junho de 2008 às 12:50hs


Índios da tribo kadiweu receberam neste fim de semana (dias 7 e 8 de junho) representantes do Ministério da Agricultura e da Embrapa Pantanal na aldeia Alves de Barros, no município de Porto Murtinho (MS). Os visitantes acompanharam uma festividade indígena e receberam um pedido formal dos índios: eles querem ajuda para resgatar a criação do cavalo Pantaneiro.

Segundo as pesquisadoras Sandra Santos e Raquel Soares Juliano, da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os cavalos existentes nas seis aldeias da tribo foram descaracterizados com o passar do tempo.

“Eles utilizam cavalos como meio de transporte, manejo do gado, para caçar e em corridas”, disse Sandra, que desenvolve pesquisas sobre características de adaptabilidade de cavalos Pantaneiros.

Ela afirmou que a Embrapa Pantanal deve ser uma das parceiras em um projeto a ser liderado pelo ministério, com a participação da Funai (Fundação Nacional do Índio), do Iagro (Agência Estadual de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal), entre outras Instituições. O objetivo é a reintrodução da raça na comunidade.

Sandra afirmou também que os índios pediram apoio para diversificar a produção – querem desenvolver outras criações, além da pecuária. “Eles são muito preocupados com a sustentabilidade.”

A área dos kadiweu em Porto Murtinho chega a 538 mil hectares, onde vivem cerca de 1.500 pessoas. Eles eram conhecidos como índios ‘guaicurus’ ou ‘índios cavaleiros’, devido à habilidade na montaria e ao vasto rebanho eqüino.

Também participaram da visita Helinton Rocha, diretor de Programas da SDC (Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo) e Celso Martins, chefe do Serviço de Política e Desenvolvimento Agropecuário da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Mato Grosso do Sul, ambos do Ministério da Agricultura. Da Embrapa Pantanal também participou o assistente Hidelberto Petzold.

Aquidauana News

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