segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Índios de Aquidauana dizem que não recebem alimentos e denunciam governo por omissão

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Liziane Berrocal
Indígenas das comunidades do Distrito de Taunay do Município de Aquidauana denunciaram na última sexta-feira (19) o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por omissão. A denúncia foi feita no Ministério Público Federal, por atraso na entrega das cestas básicas no programa de segurança alimentar mantido pelo Governo Federal.
Segundo o documento assinado por cerca de 200 indígenas das aldeias Bananal e Ipeque, e endereçado ao Ministério Público Federal e ao promotor Emerson Kalif Siqueira, há dois meses as cestas básicas do programa não são entregues para as famílias nas aldeias.
“As referidas cestas alimentares “antes” distribuídas estão a dois meses sem ser distribuídas, sendo que estes alimentos são de fundamental importância para todas as famílias”, escreveram no documento.
Os indígenas reclamam que os alimentos da cesta são essenciais e servem de “base para alimentação”, colocando em risco inclusive a nutrição das crianças indígenas. Segundo o documento, o atraso da entrega das cestas básicas gerou uma situação de extrema dificuldade.
“O atraso está ensejando uma situação grave de carência alimentar, e assim as famílias passam a não dispor de condições para manter a alimentação necessária das nossas crianças”, reclamaram os indígenas que estiveram na cidade de Aquidauana para protocolar o pedido no MPF.
Os índios das aldeias Bananal e Ipeque questionam o porquê do atraso na entrega e se dizem com uma dúvida “cruel e torturante”. “As cestas alimentares não serão mais entregues? O programa segurança alimentar acabou?”, questionam.
Segundo eles, a denúncia só foi protocolada no MPF pois, os órgão competentes, não citados por eles, parecem não se importar com a situação deles e da falta de alimentos básicos nas aldeias.
Outro lado



Na assessoria de imprensa do Governo Estadual a informação é que a entrega das cestas está ocorrendo normalmente e que se acontecem atrasos é de no máximo 10 dias.
A reportagem tentou entrar em contato com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome em Brasília, mas não foi possível obter informações sobre o assunto.

domingo, 28 de novembro de 2010

FALTOU COMIDA, em 2009, para mais de 11 milhões de brasileiros

Em 2009, quase 6% da população brasileira passou fome por não ter recursos suficientes para comprar comida.


Apesar de representar uma melhora em relação aos 8,2% de 2004, significa que 11,2 milhões de pessoas viviam em situação de insegurança alimentar grave no país, segundo o instituto brasileiro de geografia e estatística (IBGE). Cerca de um milhão delas eram crianças de zero a quatro anos.

O conceito de insegurança alimentar grave, usado na pesquisa, significa que a falta de recursos para comprar alimentos acaba afetando até as crianças, que sofrem uma ruptura nos padrões de alimentação ou até a redução da quantidade de alimentos consumidos. A situação também ocorre quando algum indivíduo da família, seja ele criança ou não, fica o dia inteiro sem comer por falta de dinheiro para comprar comida.

Para obter os resultados, o IBGE aplicou um questionário com 14 perguntas aos domicílios entrevistados para a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Os moradores eram requisitados a responder às questões com base na experiência dos três meses anteriores à pesquisa.

Apesar de indicarem que o direito à alimentação adequada, previsto na Constituição, ainda não é integralmente respeitado no país, os dados revelam uma melhora em relação a 2004, data da realização da primeira edição da pesquisa.

65,8%

dos brasileiros foram considerados em segurança alimentar, ou seja, sem preocupações com o acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente.

20,9%

apresentaram insegurança alimentar leve, o que significa que ou eles ficaram com medo de que a comida acabasse antes de terem dinheiro para comprar mais ou tiveram uma alimentação de pior qualidade como forma de garantir o abastecimento na quantidade necessária.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Tatiana Ujacow vai à Funai em Brasília pedir por índios de Mato Grosso do Sul

Nicanor Coelho, de Dourados
Alessandra de Souza

A advogada e professora universitária Tatiana Ujacow está em Brasília em busca de apoio aos índios de Mato Grosso do Sul. 


Ela conversou com Raimundo José de Souza Lopes assessor da presidência da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) no início da tarde desta quinta-feira quando encaminhou diversos pleitos.

Tatiana que é uma entusiasta da causa indígena pediu que a FUNAI resolva a questão da distribuição das cestas de alimentos que beneficiam 1800 famílias das aldeias de Dourados. 


Segundo ela estas famílias estão sem receber os alimentos desde o início de outubro.

A advogada que foi candidata a vice-governadora na última eleição, também pediu que a presidência da FUNAI faça uma averiguação o andamento de uma denuncia protocolada no Ministério Público Federal de Dourados de que cinqüentas casas construídas pelo Governo do Estado foram entregues inconclusas aos índios da Aldeia Bororó.

Raimundo Lopes disse para Tatiana que a FUNAI vai verificar o que está acontecendo com relação a distribuição dos alimentos e também acompanhara a denúncia sobre as casas.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Dilma deve se mudar hoje para a Granja do Torto

Estadão/PX


A presidenta eleita, Dilma Rousseff, passa o feriado de hoje em Porto Alegre com a família e, quando retornar a Brasília, o que deve ocorrer no fim do dia, já deve se instalar na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República. 

O local será a residência de Dilma até a posse, no dia 1º de janeiro, quando ela se mudará para o Palácio da Alvorada. 

Na semana passada, enquanto a presidente eleita acompanhava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem a Seul, na Coreia do Sul, a mudança de Dilma foi transportada da casa onde ela morou durante o período da campanha, no Lago Sul de Brasília, para a granja, que fica a menos de 20 quilômetros da Praça dos Três Poderes. 

A mãe e a tia de Dilma, que atualmente vivem em Belo Horizonte, vão morar com ela em Brasília. Ao se mudar para a Granja do Torto, Dilma Rousseff repete o que fez o presidente Lula em 2002, durante a transição. Lula também permaneceu na granja durante a reforma do Palácio da Alvorada, entre dezembro de 2004 e março de 2006. 

A Granja do Torto já foi a residência oficial de dois presidentes da República: João Goulart e João Baptista

domingo, 7 de novembro de 2010

Primeira-mãe: ‘A verdadeira Dilma Rousseff sou eu’

Dona Dilma Jane, mae da presidente Dilma Rousseff e sua irmã Dona Arilda. Foto: Alexandre Guzanshe. 05.11.2010 BRASÍLIA - A mãe da presidente eleita do Brasil continua sua vidinha pacata no Bairro São Luís, em Belo Horizonte. Dona Dilma Jane, miúda ao lado de Dilma Rousseff, se refere à filha como "Dilminha". Aos 86 anos, em entrevista por telefone, dona Dilma Jane contou que durante três anos, na década de 70, ela viajou todos os fins de semana para ver a filha no presídio em São Paulo. Tortura era assunto proibido nas visitas. Ao atender o telefonema e ao ser perguntada se era dona Dilma que estava falando, respondeu de pronto: "É a Dilma Rousseff. A verdadeira Dilma Rousseff sou eu, a Dilminha é Dilma Vana". (Leia também: Dilma vai contar com grande número de mulheres em ministérios e assessorias )
GLOBO - Dilma lhe deu muita preocupação?
DILMA JANE: Dilminha nunca me deu trabalho. Toda filha escuta a mãe. Só não escuta mais quando não precisa. As preocupações começaram quando ela foi defender o país contra a ditadura. Eu não sabia de nada. Só fiquei sabendo quando ela foi presa. Nunca falei nem pedi para ela deixar de fazer as coisas dela. Quando descobri, ela estava naquilo e presa.
GLOBO - Como foi conviver com a filha na prisão?
DILMA JANE: O primeiro mês, fiquei inteirinho em São Paulo. Mas tive que voltar para Belo Horizonte, porque tinha a minha outra filha, que era doente. Depois, durante três anos, eu viajava todo sábado de manhã para São Paulo e voltava no domingo. Eu levava mantimentos para que elas fizessem sua comida. Eu levava queijo, a Dilminha gostava muito. Também levava livros, só os que podia comprar, que eles autorizavam. Romances e livros técnicos.
GLOBO - Como era voltar e deixar a filha presa?
DILMA JANE: Voltava com o coração partido. Era como um calvário para as mães. Agora passou tudo, ficou pra trás, ela é a presidente do Brasil. Nunca pensei nisso!
GLOBO - Alguma vez viu o corpo da Dilma machucado pela tortura?
DILMA JANE: Nunca! Eu morreria se visse. Quando a reencontrei, a Dilminha tinha sido torturada por 21 dias. Mas não vão torturar a pessoa e mostrar as marcas para a mãe ver, né? Quando a gente se encontrava, não conversávamos sobre isso. Se ela falasse eu morria! A Dilma só falou sobre torturas depois. Eu procurava sempre fazer visitas alegres, contava causos da família, coisas que a divertissem, que dessem um toque diferente daquilo tudo.
GLOBO - Ficou magoada com a campanha?
DILMA JANE: Mágoa de jeito nenhum! Isso faz mal. Prefiro falar que acabou, passou. Agora vamos pensar só em coisas boas. Não têm o que fazer! Queriam ganhar com base na calúnia e difamação! Mentira não leva a nada, tanto que perderam. Quiseram botar até o Papa no meio. Não é brincadeira, não. Sobrou até para mim, disseram que eu não era católica. Falaram tanta besteira... Isso é tão simplório. Falar que a Dilminha matava criancinha? Que é isso? Falar uma asneira dessas... Parece que estamos na Idade Média. Amolaram bastante, mas agora estão calados. Não pegou.
Leia a entrevista completa na edição digital do GLOBO

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dilma se reúne com Palocci e Dutra no feriado de Finados

Publicada em 02/11/2010 às 12h02m
Isabel Braga - O Globo; Reuters
BRASÍLIA - A presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), está reunida desde o final da manhã desta terça-feira, feriado de Finados, em sua casa em Brasília com integrantes da sua equipe de transição, como o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra. Eles não falaram com a imprensa ao chegar ao local. ( Leia também: Jornais ingleses demonstram preocupação com governo Dilma )
Segundo assessoria de imprensa de Dilma, eles terão mais uma reunião para desenhar a agenda de transição do governo antes de a presidente eleita tirar alguns dias de folga. ( Lula não quer Palocci no Planalto e nem na equipe econômica; Mantega e Gabrielli têm nome certo no governo Dilma )
A petista viaja na quarta-feira e descansa até domingo. É possível que Dilma passe o período em Porto Alegre, ao lado da filha Paula e do neto Gabriel, mas o destino não foi confirmado pela assessoria. Ela mesma chegou a dizer na segunda-feira que seu destino é "segredo de Estado".
( Veja o especial sobre a Era Lula )
( Confira o especial sobre a trajetória de Dilma Rousseff )
( Qual deve ser a prioridade do governo Dilma? Vote )
( O que você gostaria de dizer para a próxima presidente? Mande sua mensagem )
( As promessas de Dilma )
Ainda nesta terça-feira, Dilma concede entrevistas para as emissoras Band e SBT. Na segunda, ela deu entrevistas à Record, Globo e RedeTV! . Dilma optou por essas mídias e não concedeu ainda uma entrevista coletiva a toda a imprensa.
Depois, a presidente eleita irá acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Seul , na Coreia do Sul, para reunião do G-20, onde ele vai apresentá-la à comunidade internacional. A reunião será entre 11 e 12 de novembro.
Leia mais:Palocci deverá ser coordenador da equipe de transição de Dilma
Equipe de transição já discute câmbio no governo Dilma
Escolha de Dilma para o BC será estratégica e sinalizará política cambial
Dilma já começa a montar sua equipe: nos bastidores, nomes como Paulo Bernardo, Palocci, Cardozo e Pimentel

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